tag:blogger.com,1999:blog-57412773246268226532024-03-13T21:15:52.301-07:00OdemiragemAcabados os estágios... a miragem prossegueDuarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-84511915189856559632009-02-02T03:51:00.000-08:002009-02-05T02:22:08.660-08:00What the **** is money<span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Percebe-se pelo vídeo anterior como se chegou a esta crise: concessão de crédito, a pessoas com alto risco de incumprimento, para a aquisição de casas cujo valor estava em queda.<br /><br />Mas quantos <span style="font-style: italic;">unemployed black men sitting on a crumbling porch somewhere in alabama with a string vest</span> terão de contraír e não pagar empréstimos para se gerar um buraco suficientemente grande para afundar o mercado financeiro Mundial e levar a Islândia à bancarrota.<br /><br />Estaria assim tantos milhões empatados em casas de madeira???<br /><br />Tendemos a pensar o dinheiro como uma coisa da natureza, sujeita ao princípio de Lavoisier: <span style="font-style: italic;">nada se cria, nada se perde, tudo se transforma</span>... o que não é de todo verdade.<br /><br />O que é afinal o dinheiro... como se cria, como se perde e como se transforma.<br /><br />As resposta estão no vídeo que se segue:</span><br /><br /><br /><embed id="VideoPlayback" src="http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=-9050474362583451279&hl=pt-BR&fs=true" style="width: 400px; height: 326px;" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" type="application/x-shockwave-flash"></embed>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-24465929577593622532009-02-02T01:36:00.000-08:002009-02-02T03:13:15.593-08:00Relatos da Crise<span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Face à perspectiva escatológica que se abateu sobre a conjuntura económica global sentimo-nos compelidos a iniciar, a partir de hoje, uma nova rubrica no nosso Odemiragem.<br /><br />Sob o título de <span style="font-weight: bold;">Era uma Vez a Crise</span> vamos procurar aqui ilustrar os porquês, o como, o quanto, o até quando desta crise internacional, num estilo simples, acessível e, porque se tratam de coisas muito sérias, com a necessária dose de humor.<br /><br />Assim, inspirado por esse marco da nossa infância que foram a séries <span style="font-style: italic;">Il était une fois... la vie</span>, <span style="font-style: italic;">l'espace </span>etc... poderão acompanhar a partir de hoje, em exclusivo no Odemiragem: Era uma vez a crise.<br /><br />Aos visitantes do blob e a todos os que nos acompanham por RSS feed aqui fica o primeiro de uma série de vídeos:<br /></span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ><br />(John Bird e John Fortune - The subprime crisis - legendado em castelhano)</span><br /><br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tDUiVLKZT80&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/tDUiVLKZT80&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="344" width="425"></embed></object>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-53004927864203066352008-11-06T01:31:00.000-08:002008-11-06T03:18:06.772-08:00Até a baracka obana!!!<span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Ontem partilhei com alguns amigos e, talvez, com muita gente por todo o Mundo a redescoberta da esperança.<br /><br />Há 8 anos desesperámos com a invasão do Iraque... depois revoltámo-nos com Guantânamo e com as fotos da prisão de </span><span style="font-family: verdana;">Abu Ghraib... as negociatas sujas da</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"> ENRON e outras manobras <span style="font-style: italic;">cash and carry</span> da dupla Cheney&Rumsfeld lda.... chegou ao ponto em que nos resignámos com fanatismo bronco da administração W. Bush não esperando nada de bom daquele lado do atlântico, sendo apenas surpreendidos pela negativa... refugiámo-nos na sátira de filmes como <a href="http://www.teamamerica.com/">Team America</a> ou até no histerismo documental de Michael Moore para encontrar </span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">algum alívio e compreensão</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">.<br /><br />Mas ontem, depois de ver os <span style="font-style: italic;">Cammons </span>a buzinar que nem tugas-no-Marquês-de-Pombal e a celebrar a pé pelas ruas, como se nessa noite se anunciasse a chegada do messias... que alegria!!! Soltou-se-me uma cólica de cinismo e deseperança de 8 anos e, uma emoção esquecida reapareceu - esperança nos EUA e nos destinos do Mundo.<br /><br />Esta vitória abanou muita coisa, mas com este discurso - como bem disse a Rosa - até a Baracka Obana!!!<br /><br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Jll5baCAaQU&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Jll5baCAaQU&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="344" width="425"></embed></object></span></span>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-57076916244006853352008-07-04T09:34:00.000-07:002008-07-04T10:46:37.688-07:00Taxar as mais valias petrolíferas... então e as outras!!!<p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" >Apesar de não ser um grande consumidor de produtos petrolíferos foi com grande satisfação que ouvi o nosso Primeiro-ministro anunciar uma nova taxa, que cobrará às indústrias petrolíferas as mais-valias colhidas (por elas) com a valorização das reservas petrolíferas. De facto, como explicou o PM, não é justo que uma empresa colha dividendos da valorização da sua matéria-prima quando os consumidores suportam com dificuldade o aumento do preço dos combustíveis. O princípio é simples e justo. Às empresas caberá a margem de lucro decorrente da sua actividade - a extracção, refinação, distribuição - mas não a mais-valia decorrente da especulação sobre o bem escasso que é o petróleo.</span><span style="font-size:85%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" >O território nacional é também um bem escasso, cujas reservas são bem conhecidas (cerca de 92 mil quilómetros quadrados). É neste recurso escasso que temos de encontrar espaço para instalar as actividades económicas e a habitação, salvaguardando os valores ambientais. Sendo um bem escasso e imperecível no curto prazo, o território é naturalmente alvo de especulação.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" >Se no caso do petróleo o valor depende da procura (para consumo ou para investimentos financeiros) o valor do solo depende sobretudo do uso que se lhe pode dar - que é o mesmo que dizer, depende dos frutos que dele se podem colher. Esses frutos são decididos pelo Estado, através da afectação do uso do solo assinalada em PDM, e são, por ordem crescente de valor: informação estética e científica (p.ex. em zonas protegidas), madeira e cortiça, produtos agrícolas, habitações e hotéis. A diferença de valor entre estes "frutos" é abissal - p.ex. um terreno urbanizável vale facilmente 200 vezes mais do que um terreno agrícola.</span><span style="font-size:85%;"><br /><br /></span><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" >Quem jogou ao monopólio sabe que uma rua vale muito mais se lá tiver casas e ainda mais se tiver um hotel construído... mas na especulação fundiária basta ter permissão para construir casas ou hotéis para daí se colherem imediatamente chorosas fortunas, sem ter de assentar um único tijolo.<br />Ora, tal como a Galp, um proprietário de terrenos agrícolas pode, sem mexer uma palha, ver o seu património valorizado em 20 000%, mas ao contrário desta, continuará isento de pagar qualquer taxa por essa mais-valia... bastando-lhe para tal reinvestir esse dinheiro <span style="">caído do céu como que por milagre</span>.<br /><br />De uma certa forma o actual Estado de Direito Democrático concede fortunas aos proprietários de terrenos tal como El-Rei concedia rendas aos senhores feudais da idade média. Os terratenentes da idade média exploravam directamente os camponeses, hoje fazem-no indirectamente através dos bancos, que vão cobrando as prestações do empréstimo aos actuais "camponeses" - que decidiram comprar casa e nem imaginam que a seguir aos juros a maior fatia do seu empréstimo serve para pagar a mais-valia do "Senhor Feudal".<br /><br />É caso para dizer, mais-valia não parar por aqui Sr. PM e estender a taxação destes lucros indevidos ao chão que todos pisamos... mas do qual apenas alguns fazem fortunas.<br /><br />Duarte Sobral</span></p><br /><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" >PS: Quer saber como se fazem fortunas à custa do endividamento dos outros e os impactes económicos e territoriais que isto acarreta, pode descarregar <a href="http://duartista.googlepages.com/Entrevista_EngPedroBingre.pdf">aqui </a>uma entrevista ao Eng.º Pedro Bingre, um verdadeiro especialista nestas matérias e a principal fonte de inspiração para este post.</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><br /></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><br /></span></p>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-52711480518393027392008-06-24T06:37:00.000-07:002008-06-24T06:58:06.692-07:00George Carlin (1937 – 2008)<span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Morreu o mestre do stand-up comedy político-corrosivo... os temas escolhidos, a elaborada argumentação, a crueza da linguagem e da forma de declamar do George Carlin fazem o Bruno Nogueira parecer um menino da catequese. Para quem não o conhece aqui ficam algumas das suas "palestras" que, nos tempos de faculdade, serviam de mote para longas tertúlias estudantis:</span><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >7 palavra proibidas em televisão:</span><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/BTyzTJTNhNk&hl=en"><embed src="http://www.youtube.com/v/BTyzTJTNhNk&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" height="344" width="425"></embed></object><br /><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" > movimentos pró-vida (contra a legalização do aborto):<br /></span><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/MrXvDXVhqfU&hl=en"><embed src="http://www.youtube.com/v/MrXvDXVhqfU&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" height="344" width="425"></embed></object><br /><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" > religião:<br /></span><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/MeSSwKffj9o&hl=en"><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/MeSSwKffj9o&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" height="344" width="425"></embed></object><br /><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Nas suas próprias palavras: Thanks to our country's fear of death I don't need to die... I'll pass away.</span>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-22157651517997117732008-06-03T04:34:00.000-07:002008-06-03T06:39:56.179-07:00Coisa mais deoLinda...<object id="player" classid="clsid:d27cdb6e-ae6d-11cf-96b8-444553540000" codebase="http://fpdownload.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=9,0,0,0" align="middle" height="289" width="340"> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Dei com o Fado do Toninho num zapping abençoado e... Ehh lá!!!! Que voz é esta?<br />Vim a descobrir mais tarde que A Voz é da Ana Bacalhau, que já nos concertos de Lupanar me arrepiava os pelinhos todos. Mas agora, num formato experimental menos tripalhoco, de matriz fadisteira, mão na anca e tudo, em narrativas aguçadas que cantam retratos de Lisboa e de outras aldeias menos engarrafadas, cristalizando um espírito romântico que eu pensava já pertencer à história... puxaram-me o tapete com estas lindas cantigas e caí rendido aos seus encantos.<br /><br />Ora vejam, oiçam e digam lá se não é linda a Deolinda!!!<br /><br /></span></span> <param name="menu" value="false"> <param name="quality" value="high"> <param name="bgcolor" value="#000000"> <param name="allowFullScreen" value="true"> <param name="flashvars" value="embed=true&creator=Deolinda&title=Deolinda+%5BTeaser+2007%5D&uniqueName=3146035&albumArt=http://static.last.fm/depth/catalogue/noimage/nocover_flashplayer.png&duration=&image=http://userserve-ak.last.fm/serve/image:320/3146035.jpg&FSSupport=true"> <embed src="http://cdn.last.fm/videoplayer/33/VideoPlayer.swf" menu="false" quality="high" bgcolor="#000000" name="player" allowfullscreen="true" flashvars="embed=true&creator=Deolinda&title=Deolinda+%5BTeaser+2007%5D&uniqueName=3146035&albumArt=http://static.last.fm/depth/catalogue/noimage/nocover_flashplayer.png&duration=&image=http://userserve-ak.last.fm/serve/image:320/3146035.jpg&FSSupport=true" type="application/x-shockwave-flash" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" align="middle" height="289" width="340"></embed> </object>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-62011068096287811432008-04-14T05:15:00.000-07:002008-12-09T02:14:20.925-08:00Rotundas!!! Em que sentido?<div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Ouvi há uns anos um reputado especialista, numa aula de transportes, dizer que as auto-estradas</span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" > para o interior, em vez de lá levarem o desenvolvimento, faziam com que as pessoas saíssem mais rapidamente para o litoral. Achei fascinante como, numa curta frase, o catedrático tinha virado o bico ao prego e deitado por terra uma convicção generalizada. Além disso, a ironia do destino dos territórios em processo de despovoamento, processo esse que se vê agravado pelas novas acessibilidades - que durante tanto tempo reclamaram, </span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >como forma de gerar desenvolvimento e inverter esta tendência de perda - assombrou-me.</span><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ><br /></span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Foi com algum espanto que, numa recente viagem de Odemira para Sines, me deparei com uma série de novas rotundas que desafiaram tudo o que eu achava saber sobre a matéria.</span><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >A primeira delas pareceu-me um pouco desviada do eixo da estrada… mas enfim, há contingências compreensíveis, como um sobreiro que não se pode deitar abaixo - pode ter sido isso - pensei. Mas à segunda rotunda nem mexi o guiador, foi vê-la passar à minha esquerda… e aí fez-se luz!!! As rotundas, símbolos do congestionamento automóvel – o que neste país é sinónimo de desenvolvimento – foram</span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" > feitas à medida de quem viaja para Norte. Recordei imediatamente a frase do professor Viegas e, sem que o conseguisse evitar, imaginei que esta concepção única das rotundas era um presente envenenado das Estradas de Portugal que visava acelerar o despovoamento do concelho.</span><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Depois de muito reflectir confirmei que tudo foi propositado mas, no entanto, abandonei a teoria da conspiração, porque percebi a genialidade por trás desta solução de design heterodoxa, ora vejamos:</span><span style="font-size:85%;"><br /></span><ul><li><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" > Quem viaja ao fim-de-semana para Lisboa sai, naturalmente, apressado na sexta à </span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >tarde em direcção a Norte e as rotundas, assim, facilitam-lhe o trajecto… o condutor pode até atravessá-las enquanto escreve um sms a avisar os amigos que está a caminho, e nem dar conta que passou por uma rotunda;</span></li><li><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" > Já no sentido inverso os citadinos acelerados, que desabam sobre a Zambujeira por alturas do Festival Sudoeste, encontram uma série de </span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >obstáculos rodoviários que visam, justamente, abrandá-los, acalmar-lhes o temperamento ao volante e contagiá-los com a saudável serenidade alentejana que muito contribiu para a segurança rodoviária;</span></li><li><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" > De uma forma geral, a contenção das invasões s</span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >azonais de turistas é, possivelmente, uma das intenções por trás desta concepção genial;</span></li><li><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" > Mas o design destas rotundas até considerou os trajectos casa-trabalho, fazendo com que o percurso Odemira-Milfontes (trabalho-casa para a maioria das pessoas) se faça mais depressa e com maior comodidade do que o inverso. </span></li></ul><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Saber se é correcto chamar-lhes rotundas é uma questão duplamente semântica e topológica. Ou seja, no sentido Norte-Sul são rotundas de facto, já no sentido inverso não o são… o que é muito bem visto - porque se uma coisa tem dois sentidos, e se eles até são contrários, a natureza antagónica da coisa, por deferência à lógica, deverá ser assumida.<br /></span><br /><div style="text-align: left;"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Os meus parabéns aos responsáveis por estas rotu</span><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >ndas.<br /><br /></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/SANQnpROX0I/AAAAAAAAAC0/XM8ujO1PhAU/s1600-h/Let+Go.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://2.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/SANQnpROX0I/AAAAAAAAAC0/XM8ujO1PhAU/s320/Let+Go.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5189079837684162370" border="0" /></a><span style=";font-family:verdana;font-size:78%;" >PS: Obrigado a "o resto do mundo" pelo estímulo ;)</span><br /></div></div>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-53658115852261633312008-02-04T05:39:00.000-08:002008-12-09T02:14:21.054-08:00Entrudo a dançar - Entrudanças 2008<span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Chegado do Entrudanças, essa fabulosa concentração de dançarinos e músicos, e de toda a espécie de belas e graciosas criaturas, trago-o na cabeça, às voltas, a reboque desta moda alentejana:<br /><br /><br /></span></span><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/R6cq89XwAOI/AAAAAAAAACk/a7dmgYIDiPY/s1600-h/Entrudan%C3%A7as%2B08%2B2.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/R6cq89XwAOI/AAAAAAAAACk/a7dmgYIDiPY/s200/Entrudan%C3%A7as%2B08%2B2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5163142724558258402" border="0" /></a></div> <span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Venho da ilha do vidro</span></span><span style="font-size:85%;"><br /></span> <span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >p' a praia dos diamantes,</span><br /><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >ando no mundo perdido</span><br /><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >pelos teus olhos brilhantes</span></span> <span style="font-size:85%;"><br /><br /><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Pelos teus olhos brilhantes </span><br /><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >pelo teu rosto de prata,</span><br /><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >ter amores não me custa </span><br /><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >perdê-los é que me mata</span><br /><span style="font-family:verdana;">...<br /><br /></span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"><br /></span></span>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-91570772633895013242008-01-05T09:03:00.000-08:002008-12-09T02:14:21.150-08:00O Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT)<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">O sistema de gestão territorial, estabelecido pelo Decreto-Lei 380/99 e alterado pelo Decreto-Lei 316/2007, compreende um conjunto complexo de normas legais, e uma diversidade de agentes com diferentes perspectivas, âmbitos de preocupação e interesses muitas vezes divergentes. O PNPOT enquanto cúpula deste sistema tem inevitavelmente de incorporar um elevado nível de abstracção, envolvendo uma grande margem de incerteza. Assim, um documento com orientações tão vastas, dirigidas a todos os instrumentos de gestão territorial (IGT), adquire uma complexidade tal que a forma de o encarar é decisiva para a leitura que dele se faz. </span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"> <span style="font-family:verdana;">Encarando-o pela perspectiva do copo meio cheio, é de louvar a elevada qualidade técnica do documento tanto no seu conteúdo quanto na sua forma. A estrutura, clareza e legibilidade do Relatório e Plano de Acção revelam um grande exercício de síntese, muito bem conseguido por parte da equipa.</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"> </span> <span style="font-family:verdana;">Em termos operativos o PNPOT dá um contributo importante ao sistema de gestão territorial, e aos seus agentes, nos diferentes níveis de actuação, por enquadrar a perspectiva no conjunto nacional, nas relações internacionais com a Europa e o Mundo, assim como no papel das regiões autónomas e das cinco regiões NUTII. Assim, estabelece o quadro de referência para os demais IGT, quadro esse que se pretende estável e operacional.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"> </span> <span style="font-family:verdana;">De acordo com o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial (RJIGT), o PNPOT orienta a elaboração dos Planos Regionais de Ordenamento do Território (PROT) e estabelece as medidas de coordenação dos Planos Sectoriais (PS) com incidência territorial. Com a publicação do PNPOT amplia-se o domínio do controlo de legalidade dos PS e PROT e, nesse aspecto, confere-se maior segurança aos agentes locais relativamente à previsibilidade das acções do Estado Central e das CCDR.<br /><br /></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"> </span> <span style="font-family:verdana;">Congratulo-me por Portugal ter finalmente aprovado o plano de topo da hierarquia do RJIGT, decorridos 8 anos da publicaç</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">ão do DL 380/99 e nove da publicação da Lei de Bases (L 48/98).<br /><br /></span> </span><span style="font-size:85%;"> <span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >Do plano-documento ao processo de planeamento - o copo meio vazio:</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">A eficácia na prossecução dos objectivos apontados pelo PNPOT depende de uma articulação efectiva dos restantes IGT, particularmente dos Planos Sectoriais, mas também da eficácia e eficiência dos Programas de Acção Territorial (PAT) e do QREN. O próprio Relatório alerta para a “dificuldade de articulação entre os principais agentes institucionais, públicos e privados, responsáveis por políticas e intervenções territoriais”[1] sem contudo apontar formas de combater este problema. </span> <span style="font-family:verdana;">Os objectivos específicos a atingir no médio e longo prazo são muitos e ambiciosos tornando difícil descortinar prioridades entre um elenco tão vasto. Enunciar objectivos é sempre mais fácil do que prossegui-los e, neste aspecto esperemos que o PNPOT não tenha a mesma sorte que a Estratégia de Lisboa. </span> <span style="font-family:verdana;"><br /><br />Segundo o RJIGT[2] “o PNPOT estabelece os compromissos do Governo em matéria de medidas legislativas...”. Nesse aspecto, infelizmente, a cúpula do sistema de gestão territorial perde a oportunidade de alertar para um problema que mina as suas próprias fundações, concretamente a Lei de Solos[3] e mais precisamente o tratamento das mais valias urbanísticas. </span> <span style="font-family:verdana;">Na realidade, a prática do planeamento e os IGT encobrem um “mercado de transformação de uso do solo” através do qual a administração pública concede fortunas a alguns proprietários, enquanto agrava a sua incapacidade para regular os preços do solo e compromete a sua própria sustentabilidade financeira. Ora, não é legítimo pedir a um cidadão que, em nome de um “bom ordenamento do território”, recuse uma valorização (que pode chegar aos 20 000%) do seu imóvel rústico, por via de uma reclassificação em sede de PDM. Num contexto em que os cidadãos não são financeiramente indiferentes às decisões da administração pública em matéria de ordenamento do território, não só é impossível criar uma cultura cívica que valorize o ordenamento do território[4], como se perpetua a corrupção endémica ao planeamento e à gestão territorial. Compreende-se assim que o problema do ordenamento do território não está nele no mas no planeamento e na gestão.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Neste aspecto o PNPOT assume uma postura de <span style="font-style: italic;">business as usual</span> quando refere factos consumados e evita abordar as suas causas, mas enfim, é o custo do consenso necessário a um documento deste tipo. Caberá à opinião pública pressionar o Governo e a Assembleia da República para cortarem definitivamente o nó górdio que mina o Ordenamento do Território em Portugal, à semelhança do que está a acontecer actualmente em Espanha.<br /><br /></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"> </span> <span style="font-family:verdana;">Por fim caberá ao tempo e aos agentes do Planeamento revelar as questões menos bem resolvidas pelo PNPOT, relembrando que o sistema de gestão territorial é elaborado num ciclo iterativo de orientações em cascata e <span style="font-style: italic;">bottom-up.</span></span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"> </span> </span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/R3-8FTtt1RI/AAAAAAAAACc/sTINtoj3My0/s1600-h/cascata.JPG"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 101px; height: 142px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/R3-8FTtt1RI/AAAAAAAAACc/sTINtoj3My0/s200/cascata.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5152043298112525586" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Bom trabalho a tod@s. </span> <span style="font-family:verdana;">Duarte Sobral</span></span><br /></div><span style="font-size:78%;"><br /><br /><br /><br /><br /></span> <p class="MsoFootnoteText" style="font-family:verdana;"><span style="font-size:78%;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 150%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span> Relatório do PNPOT, Capítulo 2, p 86, <i style="">24 Problemas para o Ordenamento do Território</i><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoFootnoteText" style="font-family:verdana;"><span style="font-size:78%;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 150%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span> Decreto-Lei 316/2007 – art.º 29º, nº. 3, alínea b).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoFootnoteText" style="font-family:verdana;"><span style="font-size:78%;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 150%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span> Decreto-Lei n.º 794/76 de 5 de Novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 313/80 de 19 de Agosto.</span></p><p class="MsoFootnoteText" style="font-family:verdana;"><span style=";font-family:verdana;font-size:78%;" ><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 150%;"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 150%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></span><span style=";font-family:verdana;font-size:78%;" > A “ausência de uma cultura cívica valorizadora do ordenamento do território” é apontada no Relatório do PNPOT como um dos 24 problemas para o Ordenamento do Território, p 86.</span><br /></p><span style="font-size:78%;"><span style="line-height: 150%;font-family:verdana;font-size:10;" ><br /></span></span>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-90447979998786133822007-11-15T06:17:00.000-08:002007-11-21T02:31:09.801-08:00A melancolia também se dança<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Para os germânicos que conhecí o fado é absolutamente incompreensível.<br />Até podem gostar das melodias, das harmonias e do som da guitarra portuguesa, mas as letras e os espírito que veiculam... hummm, não percebem.<br />Diriam - como é possível alguém simpatizar com a tristeza, arriscando a deixar-se caír nela?<br />Não só não sabem, como têm medo de se deixar embalar pela melancolia. Fogem do fado como os gatos da água.</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"></span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Na melancolia o português é como peixe na água. E o fado é exorcismo e catarse, como quem escancara as portas do armário, em público, para olhar os esqueletos de frente, </span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">numa abordagem de contra-fogo, ou de contra-fado..</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">. </span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"></span></span></div><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"><br />E apesar de não ser fado, mas uma balada do Fausto, é a</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"> Rosie quem me exorcisa e transporta ultimamente</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">:<br /><span style="font-style: italic;"><br />Eu, Rosie, eu se falasse eu dir-te-ia<br /></span></span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Que partout, everywhere, em toda a parte,<br /></span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >A vida égale, idêntica, the same,<br /></span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >É sempre um esforço inútil,<br /></span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Um voo cego a nada.<br /><br />Mas dancemos; dancemos<br /></span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Já que temos</span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ><br />A valsa começada</span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ><br />E o Nada</span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ><br />Deve acabar-se também,</span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ><br />Como todas as coisas.<br /><br />Tu pensas<br /></span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Nas vantagens imensas</span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ><br />De um par </span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ><br />Que paga sem falar;</span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ><br />Eu, nauseado e grogue, </span> <span style="font-style: italic;font-family:verdana;" > Eu penso, vê lá bem,<br /></span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Em Arles e na orelha de Van Gogh...<br />E assim entre o que eu penso e o que tu sentes<br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-style: italic;">A ponte que nos une - é estar ausentes.<br /></span><br /><br /><a href="http://www.dieter-duhm.de/english/">Dieter Duhm</a> diz que "</span></span><span class="text2"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Für jede Situation gibt es eine Heilungsmöglichkeit</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">"... eu digo "Ja genau"<br /></span></span>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-66832364181932060852007-11-12T06:50:00.000-08:002008-12-09T02:14:21.472-08:00Quanto custa a felicidade?<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_Y8ApNHDuZ3U/RyqQub1BsHI/AAAAAAAAAJw/aYJbqQGpBsM/s1600-h/cor1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_Y8ApNHDuZ3U/RyqQub1BsHI/AAAAAAAAAJw/aYJbqQGpBsM/s1600-h/cor1.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">A felicidade é um bem altamente inflaccionado no Mundo Ocidental e a culpa não é dos especuladores, como no caso do imobiliário. Aqui a culpa é nossa e só nossa... ou melhor, da nossa eterna insatisfação, ampliada por uma grande "falta de Mundo".<br /><br /></span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">A forma tola </span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">como </span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">perseguimos a felicidade, em metáfora, é assim:</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Um caçador de borboletas de rede na mão, entusiasmado, olhos esbugalhados e sorriso patético, persegue uma à esquerda depois outra à direita e ainda uma outra que surgiu por trás duma moita ao fundo quando, passado um bom bocado, não vislumbrando quaisquer borboletas no horizonte, dá por si e não sabe onde está, perdido pede a Deus por mais borboletas.</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">A verdade é que temos muito medo de não ser felizes ou que a nossa felicidade seja menor que a do vizinho. A esta fuga paranóica ouvi chamarem a "ansiedade do status", essa doença pós-moderna que aflige todos os que não têm nada realmente importante com que se preocupar.</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"><br />Mas existem remédios, como estes:</span></span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/Rzh5y6iIomI/AAAAAAAAACM/yo500zNzX1A/s1600-h/%C3%B3culos.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://2.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/Rzh5y6iIomI/AAAAAAAAACM/yo500zNzX1A/s400/%C3%B3culos.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5131985691001528930" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/Rzh50qiIonI/AAAAAAAAACU/9b2eHQamvQE/s1600-h/mala.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/Rzh50qiIonI/AAAAAAAAACU/9b2eHQamvQE/s400/mala.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5131985721066300018" border="0" /></a><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Preocupe-se, ou melhor, ocupe-se como puder porque, no combate à pobreza, a pré-ocupação não adianta nada... além disso, a filantropia também traz felicidade. Duvida? Então experimente.</span><br /></div><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" ><br />Mais fotos em: <a href="http://clarasemcastelo.blogspot.com/">Claras em Castelo</a> (e obrigado pela inspiração, Rosa)<br /></span><br /><img src="file:///C:/DOCUME%7E1/dsobral/DEFINI%7E1/Temp/moz-screenshot-2.jpg" alt="" /><img src="file:///C:/DOCUME%7E1/dsobral/DEFINI%7E1/Temp/moz-screenshot-3.jpg" alt="" /><img src="file:///C:/DOCUME%7E1/dsobral/DEFINI%7E1/Temp/moz-screenshot.jpg" alt="" />Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-91331152935175965652007-11-08T02:37:00.000-08:002007-11-08T03:57:40.758-08:00Outras Três coisas<span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Este poema Mário Lago chegou-me ao ouvido pela voz (e teclas) de Hermeto Pascoal (in: A Festa dos Deuses)</span><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" ><br /><br />Três coisas</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Três coisas pra mim no mundo</span><br /><span style="font-family:verdana;">Valem bem mais do que o resto</span><br /><span style="font-family:verdana;">Pra defender qualquer delas</span><br /><span style="font-family:verdana;">Eu mostro o quanto que presto</span><br /><span style="font-family:verdana;">É o gesto, é o grito, é o passo</span><br /><span style="font-family:verdana;">É o grito, é o passo, é o gesto</span><br /><span style="font-family:verdana;">O gesto é a voz do proibido</span><br /><span style="font-family:verdana;">Escrita sem deixar traço</span><br /><span style="font-family:verdana;">Chama, ordena, empurra, assusta</span><br /><span style="font-family:verdana;">Vai longe com pouco espaço</span><br /><span style="font-family:verdana;">É o passo, é o gesto, é o grito</span><br /><span style="font-family:verdana;">É o gesto, é o grito, é o passo</span><br /><span style="font-family:verdana;">O passo começa o vôo</span><br /><span style="font-family:verdana;">Que vai do chão pro infinito</span><br /><span style="font-family:verdana;">Pra mim que amo estrada aberta</span><br /><span style="font-family:verdana;">Quem prende o passo é maldito</span><br /><span style="font-family:verdana;">É o grito, é o passo, é o gesto</span><br /><span style="font-family:verdana;">É o passo, é o gesto, é o grito</span><br /><span style="font-family:verdana;">O grito explode o protesto</span><br /><span style="font-family:verdana;">Se a boca já não dá espaço</span><br /><span style="font-family:verdana;">Que guarde o que há pra ser dito</span><br /><span style="font-family:verdana;">É o grito, é o passo, é o gesto</span><br /><span style="font-family:verdana;">É o gesto, é o grito, é o passo</span><br /><span style="font-family:verdana;">É o passo, é o gesto, é o grito</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Lago">Mário Lago</a> (in <a href="http://matandoneuronas.blogspot.com/2006/08/trs-coisas.html">Matando Neuronas</a>)<br /></span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Mas o melhor é mesmo ouvir:</span></span><br /><br /><object classid="clsid:d27cdb6e-ae6d-11cf-96b8-444553540000" codebase="http://fpdownload.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=7,0,0,0" allownetworking="internal" height="13" width="13"> <param name="allowScriptAccess" value="sameDomain"><param name="FlashVars" value="resourceID=7999757&flp=false"> <param name="movie" value="http://static.last.fm/webclient/inline/3/inlinePlayer.swf"><param name="quality" value="high"><param name="bgcolor" value="#ffffff"><embed wmode="transparent" src="http://static.last.fm/webclient/inline/3/inlinePlayer.swf" quality="high" flashvars="resourceID=7999757&flp=false" bgcolor="#ffffff" name="inlinePlayer" allownetworking="internal" allowscriptaccess="sameDomain" type="application/x-shockwave-flash" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" height="13" width="13"></embed> </object> <a href="http://www.last.fm/music/Hermeto+Pascoal+E+Grupo">Hermeto Pascoal E Grupo</a> – <a href="http://www.last.fm/music/Hermeto+Pascoal+E+Grupo/_/Tres+Coisas">Tres Coisas</a>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-52119011696036463042007-11-07T07:23:00.000-08:002008-02-12T01:51:44.323-08:003 coisas que corrompem mais do que o resto:<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Há três coisas no Mundo com uma particular capacidade de nos distorcer a percepção, de nós próprios e do que nos rodeia, a saber:</span> </span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >O Poder </span><span style="font-family:verdana;">- diz o ditado que "o Poder corrompe" e dispensa exemplos concretos;</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >A Fama</span><span style="font-family:verdana;"> - nesta área arrisco dar exemplos: da Elsa Raposo ao Joe Berardo, passando pelas celebridades fugazes dos <span style="font-style: italic;">reality shows</span>, </span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >you name it</span><span style="font-family:verdana;">;</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" >O Automóvel</span><span style="font-family:verdana;"> - pode parecer inusitado, mas eis a prova:</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"> <object style="font-family: verdana;" height="355" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/2nRhSONDfEQ"><param name="wmode" value="transparent"><embed src="http://www.youtube.com/v/2nRhSONDfEQ" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" height="355" width="425"></embed></object> </span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">A verosimilhança desta caricatura é absolutamente maravilhosa... e o remate final com a frase "</span><a style="font-family: verdana;" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_de_prazer">O princípio do prazer</a><span style="font-family:verdana;">", simplesmente, sublime!</span></span><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">É esta distorção da percepção que faz alguns automobilistas vociferarem calúnias ao engarrafamento que têm pela frente e, simultaneamente, aos apressados que lhes buzinam pelas costas, sem nunca se considerarem parte do problema. O que é compreensivel, já que esta pequena sinapse nervosa desencadearia um curto circuito cerebral de tal ordem, que as consequências poderiam ir muito além do aqui previsto, a 1 minuto e 30 segundos do final:</span></span><br /><br /><object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/2CBlwZdyM-c&rel=1"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/2CBlwZdyM-c&rel=1" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Na forma como manipulamos e, simultaneamente, somos manipulados por estas três "coisas" encontramos essa cruzada ambígua a que chamámos "o processo civilizacional" - </span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >a intenção da humanidade de se conduzir a si própria no sentido da racionalização de todas as relações tensionais e na aniquilação do sofrimento produzido por essas tensões. </span><span style="font-family:verdana;">(n'<a href="http://asociedadeprimitiva.wordpress.com/2007/10/16/as-hiperligacoes-iv-utilizar-a-bicicleta-na-cidade/">a sociedade primitiva</a>)</span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ></span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ></span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ></span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">Haja saúde</span></span><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">PS: poderia ter incluído o vil metal na lista das coisas que corrompem, mas será ele </span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">uma "coisa" em si mesmo, ou apenas</span></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"> um meio de chegar a elas. O fascínio que ele nos exerce está em si, ou nas "coisas" que ele nos permite ter?</span></span><br /></div><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;"><br /><br /></span></span>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-72074604504980656102007-10-05T09:43:00.000-07:002007-10-05T13:55:19.487-07:00<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:100%;" >Há uns dias encontrei na blogosfera <a href="http://origemdasespecies.blogspot.com/2007/09/bicicletas-em-lisboa.html">esta conversa</a>, entre <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Jos%C3%A9_Viegas">Francisco José Viegas</a> e <a href="http://menos1carro.blogs.sapo.pt/">Tiago Carvalho</a><u>,</u> onde não podia deixar de me meter. Para o caso de não aparecer n'<i>A Origem das Espécies</i>, deixo aqui o e-mail que enviei a FJV:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style=";font-family:Verdana;font-size:85%;" ><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Permitam-me que me junte à vossa conversa e perdoem-me não acompanhar a vossa eloquência.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Uso a bicicleta como meio de transporte, não uso capacete e também não gosto de astronautas. Quanto à lycra uso-a exclusivamente nos desportos aquáticos porque, além de não a achar confortável em terra, associo-a directa e inconscientemente ao desporto <i style="">hardcore</i> e a transpiração extrema, de tal forma que só de ver alguém vestido de lycra sinto comichões. Há uns meses vim trabalhar para Sines onde fiz uma descoberta aterradora. Descobri então que algumas pessoas desta pequeníssima cidade se fazem deslocar diariamente de carro para todo o lado (por vezes em distâncias inferiores a 400 m). Fiquei ainda mais surpreendido quando encontrei algumas dessas pessoas trajadas de astronauta, com calções de lycra, sweat-shirts e garrafinha de água na mão, a marchar furiosamente pela marginal aos pares e aos trios... com o espanto demorei a perceber que estavam a praticar o <i style="">footing</i> porque, dizem os médicos, é uma actividade desportiva muito benéfica para a saúde e muito eficaz na redução do risco de doenças cardio-vasculares. Apeteceu-me gritar: Vão-se Footing, pá! Passam o dia sentados no escritório ou no café, para onde vão sentados no carro, e ao fim da tarde vão suar que nem umas bestas, a praticar o <i style="">footing</i>!!!</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Como urbanista, considero esta perspectiva da actividade física perversa e perigosa para as nossas cidades... pessoalmente acho-a completamente idiota e só encontro explicação para ela no domínio da psicanálise.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><br /><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size:85%;"><b style=""><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;" >O perigo da amnésia </span></b></span><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >ou<b style=""> Tal como algumas pessoas já não concebem a vida sem telemóvel:</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><br /><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Se entendemos a locomoção humana, o andar a pé, como uma coisa do domínio do desporto estamos, desde logo, a renegar uma adaptação natural conseguida ao longo de milhões de anos de evolução, que nos permite gastar menos um terço da energia que um quadrúpede, por unidade de distância percorrida, e 15 vezes menos que um automóvel!</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Suponhamos, por absurdo, que no futuro o andar a pé “ascende” à categoria de desporto. Numa cidade como Lisboa, onde os passeios já são barbaramente invadidos por automóveis, a solução “natural” seria convertê-los em estacionamento e substituí-los por modernas pistas de <i style="">footing</i> ao longo das marginais ou dos parques – ainda mais modernas que as actualmente existentes no Estoril ou Algés. Seria o fim da cidade tal como descrita por Jane Jacobs ou Manuel Leal da Costa Lobo, e a concretização tardia do delírio Modernista de Le Corbusier, num momento em que a carta de Atenas já não passa de uma curiosidade histórica, comprovadamente descabida para servir o desenho de habitats humanos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Encontro claramente um paralelismo entre os astronautas do pedal e os astronautas do <i style="">footing</i>. Para muitas pessoas o facto de eu chegar ao trabalho de bicicleta faz de mim um desportista... e qualquer dia acontecerá o mesmo a quem chegar a pé?</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><br /><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" > <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size:85%;"><b style=""><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;" >A necessária inversão da perspectiva:</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><br /><span style="font-size:85%;"><b style=""><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;" ><o:p></o:p></span></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Num Mundo acelerado, em que o espaço e o tempo são recursos cada vez mais escassos, encontramos na multifuncionalidade dos espaços e do tempo soluções muito interessantes. Para dar um exemplo: ao contrário de algumas pessoas que aceleram (e travam... e voltam a acelerar e a travar) as suas viaturas de casa para o trabalho, do trabalho para o ginásio (onde praticam o <i style="">footing</i> em passadeiras e o ciclismo dá pelo nome de RPM) e do ginásio para casa, eu, na minha bicicleta faço o exercício do ginásio, de casa para o trabalho, do trabalho para a mercearia, da mercearia para casa. Não o faço pelo incentivo do Sr. António Costa mas porque assim poupo tempo, poupo espaço e, mais importante que tudo, poupo dinheiro (além do gozo que me dá passar por entre os carros na Av. De Roma na hora de ponta)... e assim o tenho feito desde há 5 anos para cá. Teria sido uma ideia genial se não fosse tão óbvia e estaria rico se, à semelhança da Lycra, esta descoberta fosse patenteável.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Um exemplo mais comum pode ser encontrado no espaço do WC e no tempo de <i style="">enviar um fax</i> onde muita gente aproveita simultaneamente para pôr a leitura em dia. Le Corbusier diria: até leria na casa de banho se não preferisse a biblioteca (tal como FJV prefere o paredão do Estoril), Hitler proibiria a leitura no WC (tal como proibiu a circulação de bicicletas fora das ciclovias, que por sinal foram inventadas pelo III Reich como forma de abrir as ruas ao Volksvagen). E assim se perpetua o despautério Modernista, que despreza a história e reinventa a pólvora para mais tarde perceber que a solução original era melhor. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" >Por trabalhar em planeamento urbano tenho que considerar as realidades emergentes e tentar antecipar as tendências futuras, a intuição diz-me que mais cedo ou mais tarde vamos ser obrigados a mudar os nossos hábitos de mobilidade. A questão é se temos a coragem de defender a mudança necessária e o estômago para aguentar comentários de “velhos do Restelo”, ou se nos resignamos a ser confortáveis cidadãos dum País que vai a reboque e só muda quando já não tem alternativa. Nunca tive dúvidas que a política exige estômago mas fico contente por ver algumas demonstrações de coragem.</span></p><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:85%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:10;" ><span style="font-size:85%;">Duarte Sobral</span> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:10;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%;"><br /><span style="line-height: 150%;font-family:Verdana;font-size:10;" ><span style=";font-family:verdana;font-size:100%;" ></span><o:p></o:p></span></p>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-38000204950037509602007-09-04T04:08:00.000-07:002007-09-04T04:31:40.776-07:00Diz o Mestre:<span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;" > Alberto Caeiro - O Guardador de Rebanhos</span><br /><span style="font-family:verdana;"> </span><span style="font-family:verdana;"> VII - Da Minha Aldeia</span><br /><span style="font-family:verdana;"> </span><br /><span style="font-family:verdana;"> Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...</span><br /><span style="font-family:verdana;"> Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer</span><br /><span style="font-family:verdana;"> Porque eu sou do tamanho do que vejo</span><br /><span style="font-family:verdana;"> E não, do tamanho da minha altura...</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;"> Nas cidades a vida é mais pequena</span><br /><span style="font-family:verdana;"> Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.</span><br /><span style="font-family:verdana;"> Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,</span><br /><span style="font-family:verdana;"> Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe </span><br /><span style="font-family:verdana;"> de todo o céu,</span><br /><span style="font-family:verdana;"> Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos </span><br /><span style="font-family:verdana;"> nos podem dar,</span><br /><span style="font-family:verdana;"> E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.<br /><br /><br />Este e outros poemas do Mestre e seus discípulos estão disponíveis on-line <a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do?first=50&skip=0&ds_titulo=&co_autor=&no_autor=Fernando%20Pessoa&co_categoria=2&pagina=1&select_action=Submit&amp;co_midia=2&co_obra=&co_idioma=&colunaOrdenar=DS_TITULO&ordem=null">Aqui</a>, e <a href="http://www.secrel.com.br/JPOESIA/alberr.html">alí </a><br />Usem e abusem, sem contra-indicações ;)<br /><br /><br /></span></span>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-50817165526467840082007-07-05T03:58:00.000-07:002007-09-04T04:27:07.713-07:00À deriva pelo Espaço-Tempo<div style="text-align: justify;"><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >A 3 dias de me mudar para Sines, onde integrarei por 12 meses a equipa de revisão do PDM, o título "Odemiragem" suscita-me outras interpretações.</span><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Terão estes 3 meses sido apenas uma odemiragem???</span><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Eh pá, não consigo nem quero acredito nisso.</span><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >As realidades territorial e social, visíveis e emergentes, deste concelho atraem-me profundamente. Este é um daqueles locais onde as "coisas por fazer" me saltam à vista e onde um Homem encontra o seu papel. Do Mundo-que-eu-conheço este é o local que mais convida à iniciativa, à criação do que ainda não existe e já vai fazendo falta... onde o espectador dá lugar ao actor que existe em nós. Senti isto pela primeira vez em Novembro de 2006, ainda antes de ter conhecido a malta de São Teotónio que, diga-se com toda a justiça, são um exemplo inspirador do que acabo de escrever.</span><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Então porquê ir para Sines, se até já cá estou?</span><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Pois....... como provou Albert Einstein, no espaço-tempo do universo nem sempre a linha recta é a distância mais curta entre dois pontos. Isto porque o espaço se distorce ao longo do tempo. Por isso, uma sonda espacial com destino a Plutão pode começar por ir a Vénus, seguindo depois para Júpiter, aproveitando-se da força da gravidade para aumentar a sua velocidade. Assim, à boleia dos planetas, ela chegará ao seu destino mais rapidamente e com o mínimo consumo de combustível... brutal!!!</span><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >E é neste espírito que parto para Sines onde vou orbitar os próximos 12 meses... ganhando embalagem, pessoal e profissional, para a reentrada no <span style="font-style: italic;">force-field </span>de Odemira... no momento apropriado para a revisão do PDM do Maior Concelho do País.</span><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Apesar do reconforto desta perspectiva não deixo de me sentir nostálgico com a partida e aconchego-me nas saudades dum retorno.</span><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >Bom, já que estamos a roçar os limites da pieguice... que se lixe... vai de cabeça e a cantar:</span><br /><br /><span style=";font-family:verdana;font-size:85%;" >O Mira <span style="font-style: italic;">tem mais encanto</span></span><br /><span style="font-style: italic;font-family:verdana;font-size:85%;" >na hora da despedida....</span><br /><br /><br /></div>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-73351843345662095072007-05-30T07:18:00.000-07:002007-05-30T07:36:40.911-07:00Está na altura de apoiar o uso da bicicleta na faixa costeira<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:verdana;">Apesar de não existirem ciclovias, o uso de bicicletas como meio de transporte está presente nas localidades da faixa costeira do concelho de Odemira, porque será?</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Talvez por ser uma área plana, cheia de caminhos e onde as localidades se encontram a pouca distância umas das outras. </span><span style="font-family:verdana;">Fica a impressão de que, para muitos, a bicicleta é a forma mais económica e eficiente de aceder a vários pontos da costa. Muitos são pescadores, crianças, jovens e idosos... há também "bandos" de cicloturistas de toda a europa em bicicletas artilhadas com suportes e carregadas de tendas e sacos-cama e garrafas de água e mapas... mas sobre estes debruçar-me-ei noutra altura.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Agora quero focar exclusivamente os munícipes que teimam em fazer da bicicleta o seu meio de transporte apesar de não terem, para tal, qualquer apoio ou incentivo por parte das entidades competentes na matéria. É a esses teimosos Super-Homens a pedais do Alentejo Litoral que eu gostava de dizer, na qualidade de ciclista Alfacinha, <span style="font-weight: bold; font-style: italic;">vocês tão muito à frente</span>...</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Vivemos numa época histórica onde já ninguém pode virar costas às alterações climáticas nem à subida do preço do petróleo, em que urge apoiar este hábitos instalados que, parecendo uma resiliência do passado, estão cada vez mais na vanguarda da história. A propósito disto veja-se: </span><a href="http://ec.europa.eu/environment/climat/future_action.htm"><span style="font-weight: bold;font-family:verdana;font-size:100%;" >The EU's Contribution to Shaping A Future Global Climate Change Regime</span></a><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Além dos aspectos ambientais/energéticos/económicos esta é uma questão de saúde e qualidade de vida. Sabemos que a população portuguesa é obesa e para o provar estão aí as estatísticas:</span><br /><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" id="Corpo" title="Corpo" >Portugal encontra-se numa das posições mais desfavoráveis do cenário europeu, apresentando mais de metade da população com excesso de peso e sendo um dos países do espaço Europeu em que é maior a prevalência de obesidade infantil, já que 30 por cento das nossas crianças apresentam sobrepeso e mais de 10 por cento são obesas. <span style="font-weight: bold;">Estilos de vida sedentários e baixo nível de actividade física </span>certamente têm um impacto importante nesta situação mas a alimentação é um factor muito relevante. </span><span style="font-family:verdana;">(<a href="http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MS/Comunicacao/Intervencoes/20070502_MS_Int_Obesidade.htm">Portal do Governo - Lançamento da Plataforma Contra a Obes</a><a href="http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MS/Comunicacao/Intervencoes/20070502_MS_Int_Obesidade.htm">idade</a>)</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Citando o </span><a style="font-family: verdana;" href="http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?303">ABC da Saúde</a><span style="font-family:verdana;">: <span style="font-style: italic;">O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, <span style="font-weight: bold;">o aumento da atividade física</span> e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares.</span></span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Nesta <a href="http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=803726">Guerra à Obesidade em Portugal</a> cabe aos municípios adoptar</span> <span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ><span style="font-weight: bold;">orientações em matéria de urbanismo promotoras da actividade física</span>, prevendo nos Planos Directores Municipais (PDM) locais públicos para a prática de exercício, actividades físicas e desportivas, entre parques, passeios pedonais e ciclovias.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Portanto, apoiar o uso da bicicleta como meio de transporte é matar muitos coelhos de uma cajadada só. </span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Meus caros </span><span style="font-family:verdana;">Super-Homens a pedais do Alentejo Litoral,</span><span style="font-family:verdana;"> até que se faça alguma coisa por vós, mais vale estar prevenido e pedalar em </span><a style="font-weight: bold; font-family: verdana;" href="http://bicicletanacidade.blogspot.com/search/label/Seguran%C3%A7a">Segurança.</a></div>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-75409598118012583322007-05-17T01:28:00.000-07:002008-12-09T02:14:21.921-08:00Is it a bird? Is it a plane? No, it's a GIS!!!<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:verdana;">Para todos aqueles que se indagam diariamente sobre o que será o SIG, o Odemiragem tem o enorme prazer de revelar, em primeira mão, imagens exclusivas da sua aproximação vertiginosa ao território municipal:</span><br /><br /><a style="font-family: verdana;" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/RkxYm1JWdSI/AAAAAAAAABA/gCLdcJWxHXU/s1600-h/UFO00.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://4.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/RkxYm1JWdSI/AAAAAAAAABA/gCLdcJWxHXU/s200/UFO00.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5065521105009538338" border="0" /></a><span style="font-family:verdana;">Esta imagem, captada por um intrépido estagiário PEPAL demonstra que, apesar do cepticismo de alguns, </span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Os SIG </span><span style="font-family:verdana;">vêm mesmo aí. <span style="font-weight: bold;">FUJAM !!!!!!</span></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">CALMA</span> <span style="font-weight: bold;">AÍ.</span>... Aquietem-se as almas que terão a seu cargo a arriscada tarefa de entrar em contacto com esta raça alienígena - </span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Os SIG</span><span style="font-family:verdana;"> - com a entrevista exclusiva ao reputado especialista </span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >SPOK:</span><br /></div><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ><br /><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">Odemiragem</span>: Quantas vezes já entrou em contacto com </span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Os SIG</span><span style="font-family:verdana;">.<br /><br /></span><a style="font-family: verdana;" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/RkxV41JWdRI/AAAAAAAAAA4/hHss82RO2L4/s1600-h/SPOK.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://4.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/RkxV41JWdRI/AAAAAAAAAA4/hHss82RO2L4/s200/SPOK.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5065518115712300306" border="0" /></a><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">SPOK</span>: Ui... sabe que já ando nesta vida de viajante estelar à muito tempo e já lhe perdi a conta!<br /><br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">Odemiragem</span>: O que nos pode dizer sobre eles?<br /></span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" ><span style="font-weight: bold;">SPOK</span>: Os SIG</span><span style="font-family:verdana;"> não mordem apesar de, por vezes, rosnarem e arregalarem umas favolas assustadoras a quem os olha de lado.<br /><br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">Odemiragem</span>: Só isso?!!<br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">SPOK</span>: Pois... </span><span style="font-family:verdana;">sabe que </span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Os SIG</span><span style="font-family:verdana;"> apesar de muito poderosos são uma espécie inofensiva... quase servil. É frequente serem escravizados por outros seres estelares de tão inofensivos que são.<br /><br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">Odemiragem</span>: Acha que poderão ser dominados pelos nossos funcionários da Câmara?<br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">SPOK</span>: É bem possível... mas essa espécie, <span style="font-style: italic;">Os Funcionários da Câmara</span>, eu não conheço bem e preferia não me pronunciar.<br /><br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">Odemiragem</span>: Compreendo a sua reserva. Muito obrigado pela entrevista e felicidades nas suas andanças estelares. Só uma última pergunta: Para onde vai a seguir?<br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">SPOK</span>: Aproveitando o facto de estar aqui por Odemira vou visitar uns primos meus a Tamera e depois sigo para além do infinito.<br /><br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">Odemiragem</span>: Onde é que isso fica?<br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">SPOK</span>: Você vai como quem vai para o infinito, certo, mas vira na última à esquerda...<br /><br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">Odemiragem</span>: Eu referia-me a Tamera.<br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">SPOK</span>: Ahhh... então adeusinho...<br /><br />Foi a entrevista possível com o especialista em coisas raras e nunca antes vistas, SPOK. Era pior se fosse o Valentim Loureiro!!!<br /></span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Agora a sério, um Sistema de Informação Geográfica é, grosso modo, uma base de dados associada a dados geográficos, que é como quem diz mapas. Ou seja, num mapa temos pontos, linhas e polígonos... a esta bonecada toda podemos associar dados alfanuméricos (que é como quem diz números e texto). Assim um ponto pode ser uma árvore, ou um candeeiro e a ele podem estar associados dados como: espécie, data da última poda, ou tipo de lâmpada, potência e data de substituição, respectivamente. Ou seja, bem utilizado o SIG torna-se uma potente ferramenta de apoio à gestão municipal. Agora, </span><span style="font-family:verdana;">se </span><span style="font-family:verdana;">o SIG for um fim em si mesmo não serve para nada. É preciso saber o que se pretende com ele. Ou, como diz o Prof. João Matos do IST a propósito de SIG: <span style="font-style: italic;">Se não sabes onde queres chegar, qualquer caminho é bom.</span><br /><br />Para quem tiver curiosidade em obter</span><span style="font-family:verdana;"> mais informações deixo aqui alguns sites:</span><br /><br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_Informa%C3%A7%C3%A3o_Geogr%C3%A1fica"><span style="font-family:verdana;"> - Wikipédia</span></a><br /><br /><a style="font-family: verdana;" href="http://www.obidos.oestedigital.pt/custompages/showpage.aspx?pageid=066aa3d4-c669-4163-8cff-afc09a0a5001&m=b89&m=b205"> - Câmara Municipal de Óbidos</a><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><a href="http://www.ordemengenheiros.pt/Default.aspx?tabid=1815"> - Ordem dos Engenheiros</a><br /></span></div>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-26681625260896471812007-05-10T01:19:00.000-07:002008-12-09T02:14:22.029-08:00Engrenando na engrenagem...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/RlbibFJWdTI/AAAAAAAAABI/NRcLwrXOY_0/s1600-h/Machine1.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_ZAmgzJ9UeE4/RlbibFJWdTI/AAAAAAAAABI/NRcLwrXOY_0/s200/Machine1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5068487385517815090" border="0" /></a><div style="text-align: justify;"> </div> <span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Há dias em que penso que isto não é função para mim.</span><span style="font-size:85%;"> </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Em que me sinto como o boneco da figura, a olhar para uma complicadíssima engrenagem de dimensões esmagadoras, que no fim de tantas roldanas, correias, parafusos, </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">válvulas, </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">rebites e afins...</span><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">produz tão pouco e serve tão mal a sua nobre função.<br /></span><span style="font-size:85%;"><br /><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Nesses dias oiço os </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">dizeres </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">dos cépticos a ecoar pelo crâneo inteiro:</span><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">- Querias o quê, estás na função pública!!! - diz o popular</span><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">- Vives dentro de um organismo estruturalmente impossibilitado de cumprir com as suas atribuições!!! - diz o erudito</span><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">E as jactâncias dos oportunistas bem sucedidos:</span><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">- Eu só faço que faço e eles pagam-me para isso.<br /></span><span style="font-size:85%;"><br /></span><div style="text-align: justify;"> <span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Mas felizmente há mais marés que marinheiros e dias em que, inesperadamente, sem que se perceba de onde, surge a motivação.</span><span style="font-size:85%;"><br /><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Quando um técnico de informática, depois de uma hora de </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">trabalho </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">criativo, nos elogia e incentiva a continuar aquela aplicação para a base de dados do cadastro das vias.</span><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Ou quando um amigo de Lisboa se põe a sugerir notáveis do Concelho para </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">topónimos.<br />Quando a meio da tarde recebo um telefonema do Centro de Convergência a anunciar que recebemos um subsídio para arrancar com um projecto qualquer.<br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Quando numa saída ao terreno encontro crianças, pescadores ou turistas a andar tranquilamente de bicicleta pela estrada fora.</span><span style="font-size:85%;"><br /><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Nestas visões apercebo-me da quantidade de coisas que estão por aqui à espera de um leve empurrão para começarem a acontecer, e do </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">valor que podem ter para este lugar, que é dos mais lindos do Mundo-que-eu-conheço.<br /><br />É neste campo das realidades emergentes que procuro </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">situar-me... é nele que reafirmo a decisão de vir para este lugar no SW Europeu.<br /><br />Quanto às engrenagens por vezes enferrujadas da Câmara... como dizia uma amiga:<br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">- Resiliência é o que é preciso.<br /><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Bora lá então!!!! Com </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">resiliência </span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">QB... </span><span style="font-style: italic;font-family:verdana;font-size:85%;" >E que o poema diga: o longe é aqui.</span><span style="font-size:85%;"><br /></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><br /></span></div> <span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"><br /></span><br /></span>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-75948571512406614692007-04-24T08:35:00.000-07:002007-09-04T04:32:08.529-07:00Poemarma galvaniza estagiários:<span style="font-family:verdana;">Obrigado à Biblioteca Municipal de Odemira e ao Afonso Dias por me terem dado a conhecer o Poemarma, e ao Manuel Alegre pela visão e energia que aqui transmite:</span><br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;">Que o poema tenha rodas motores alavancas<br />que seja máquina espectáculo cinema.<br />Que diga à estátua: sai do caminho que atravancas.<br />Que seja um autocarro em forma de poema.</span><br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;">Que o poema cante no cimo das chaminés<br />que se levante e faça o pino em cada praça<br />que diga quem eu sou e quem tu és<br />que não seja só mais um que passa.</span><br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;">(...)</span><br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;">Que o poema seja microfone e fale<br />uma noite destas de repente às três e tal<br />para que a lua estoire e o sono estale<br />e a gente acorde finalmente em Portugal.</span><br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;">(...)</span><br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;">Que o poema faça um poeta de cada<br />funcionário já farto de funcionar.<br />Ah que de novo acorde no lusíada<br />a saudade do novo o desejo de achar.<br /><br />Que o poema diga o que é preciso<br />que chegue disfarçado ao pé de ti<br />e aponte a terra que tu pisas e eu piso.<br />E que o poema diga: o longe é aqui.</span>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5741277324626822653.post-49580922145374581562007-04-22T05:50:00.000-07:002007-04-24T08:47:04.106-07:00Ode + Miragem<dl><span id="lblDlpoDefinicao"><dt><span style="font-family:verdana;"><span class="texto"><span class="verbete"><span style="FONT-WEIGHT: bold">Ode</span>, </span></span>do <span title="Latim">Lat. </span><i>ode</i>, canto:<br /></span></dt><dd><span style="font-family:verdana;"><span id="lblDlpoDefinicao"><span class="texto"><span class="categoria"><span title="substantivo feminino">substantivo feminino que designa uma </span></span></span></span>composição poética de assunto elevado e destinada ao canto;<br /><span id="lblDlpoDefinicao"></span></span></dd><dd><br /><span id="lblDlpoDefinicao" style="font-family:verdana;"></span></dd></dl><p><span style="font-family:verdana;"><span id="lblDlpoDefinicao"><span class="texto"><span class="verbete"><span style="FONT-WEIGHT: bold">Miragem</span>, </span></span><span id="lblDlpoDefinicao"><span id="lblDlpoDefinicao"><span class="texto"><span class="categoria"><span title="substantivo feminino">substantivo feminino que designa</span></span></span></span></span></span> o fenómeno de refracção e reflexão, frequente nos desertos, <strong>que faz aparecer como próxima e invertida a imagem de objectos distantes</strong>;</span></p></span>Duarte Sobralhttp://www.blogger.com/profile/16303814906190838712noreply@blogger.com0